segunda-feira, 26 de abril de 2010

Singular

O mundo não é de um, o mundo não é de dois
Ele é de todos e como um todo, precisa pensar
Por mais independente que seja depois
Depender um pouco também é cuidar

Mas o que vira o cuidado quando há tanta cegueira?
Zelar só pra um, pros demais é lamento
Cuidado! Saia da beira!
O que hoje tanto ama, amanhã pode tornar seu tormento

Então retorne enquanto é momento
O amor existe pra viver como um elo
Vida singular é perda de tempo
E com o tempo perde também o que é realmente belo

O que ganha só com razão
Simplismente se desfaz
Porque limitando a emoção
Pouco. Bem pouco te traz!

Fuja do isolamento particular, ser único não é ser só
É ser mais
Todos juntos, amarrados em apenas um nó
Pluralmente e puramente um cais

sábado, 17 de abril de 2010

Desencontro

Nessa correria onde a vida empurra para um desesperador confronto,
Encontro quem quer provar que nada quer provar a ninguém.
Encontro apelos de mudos que falam pelos cotovelos.
Encontro cabeças bem intensionadas vegetativamente paralisadas.
Encontro amores que através de rancores gabam-se por hoje terem tantas cores.
Encontro vidas suicidas, que para sobreviver, criam feridas.
Encontro corajosas vontades que de tão covardes, camuflam as bondades.
Encontro forte apoio que nas costas, não passa de coio.
Encontro a cortina da verdade que se abre no espetáculo da falsidade.
Encontro... afronto...

Pronto. Eis o desencontro.