quarta-feira, 2 de junho de 2010

Despedida

Cada despedida de alguém
É um pedaço de mim que vai também
Afinal, encontramos um jeito ainda que estranho
De mesclarmos o que seria um ganho
Mas mesmo com tantos furtos,
Surtos e absurdos,
Me doaria até o fim
Até que não houvesse mais nada, enfim...
Porque eu nasci pra existir assim
E o dia que nada mais restar de mim
Ainda viverá quem me roubou
E mesmo tudo misturado, direi que ali estou
Então de alguma forma hei de continuar
Vivendo em algum lugar
E que através de meus pedaços
Que se criem novos laços
Onde um a um traga para os meus braços
Uma história com novos traços
Construindo-me novamente
Acrescentado, calejado, dormente
Colhendo da semente
O que ficou
Deixando-me maior do que quando me levou.